#41 Jovens e a “uberização” do trabalho

Em períodos de crise, os jovens têm mais chances de perder o emprego do que os adultos e mais dificuldade para encontrar uma nova vaga. Por isso, muitos se submetem a condições de trabalho precarizadas. A “uberização” do trabalho é exemplo disso, e vai além dos serviços de transporte: ela se estende aos serviços de entrega, faxina e muitos outros serviços.

Não é exagero dizer que muitos jovens arriscam suas vidas diariamente para que entregas cheguem no horário nas casas dos consumidores. Isso tudo sem ter carteira de trabalho assinada ou direitos trabalhistas garantidos.

Aos poucos, no entanto, a responsabilização trabalhista vem sendo cobrada. Desde 2019, quase 350 processos tramitam no Tribunal Superior do Trabalho, o TST, pedindo reconhecimento de relação empregatícia entre os trabalhadores e as empresas que prestam serviços por meio de aplicativos (como 99, Cabify, iFood, Loggi, Rappi e Uber). Infelizmente, apesar de em decisões de primeira instância o vínculo trabalhista muitas vezes ser garantido, ainda não há um entendimento padronizado sobre a questão.

Para saber mais, assista ao documentário Gig – A uberização do trabalho, da Repórter Brasil: https://reporterbrasil.org.br/gig/