#19 Trabalho escravo na indústria da moda

No mundo inteiro, é comum que marcas populares de varejo e grifes internacionais contratem longas cadeias de fornecedores para produzir suas coleções, ao invés de fabricá-las por conta própria. Assim, essas marcas buscam se eximir de responsabilidades sobre o pagamento direto de salários e direitos trabalhistas. O motivo? Aumentar os lucros.

No Brasil, de 1995 a 2021, 657 pessoas foram escravizadas no setor têxtil, a maioria em áreas urbanas. Dados do Ministério do Trabalho e Previdência sistematizados pela Comissão Pastoral da Terra mostram que, das 55 operações realizadas no setor, 41 ocorreram na cidade de São Paulo. Como grande parte desses trabalhadores são imigrantes, muitas vezes com documentação irregular, eles se submetem às violações por medo de serem denunciados.

No começo deste ano, a Repórter Brasil divulgou um resgate na produção da maior rede de plus size do país, a Program, e denunciou indícios de tráfico de pessoas. Outras grandes marcas de roupa já foram flagradas com trabalho escravo, para saber mais acesse: https://modalivre.org.br/. Baixe também o aplicativo Moda Livre e descubra se as roupas que você compra foram feitas com trabalho escravo.