#25 Marcas do trabalho escravo: os assassinatos de sindicalistas em Rio Maria
A cidade de Rio Maria, no sul do Pará, é conhecida como “a terra da morte anunciada”. Isso porque, desde a década de 1980, a região tem sido palco de uma série de assassinatos de sindicalistas, em meio a um cenário de violência contra lavradores e posseiros, com forte repressão sindical.
Em 1985, latifundiários locais contrataram pistoleiros para assassinar João Canuto, uma das principais lideranças em defesa da reforma agrária na região, e líder do primeiro sindicato local dos trabalhadores. Poucos anos depois, três filhos dele foram sequestrados por um ex-policial militar que prestava serviços para fazendeiros e apenas um deles escapou com vida.
Outro caso simbólico aconteceu em 1991. Expedito Ribeiro de Souza, um dos sucessores de João Canuto no sindicato, foi assassinado a mando do fazendeiro Jerônimo Alves do Amorim. Em 2019, a Repórter Brasil lançou um episódio no especial Cova Medida sobre os desdobramentos dos conflitos em Rio Maria.
A impunidade de todos esses crimes motivou ações da sociedade civil e do governo, entre elas a criação do Fórum Nacional Permanente contra a Violência no Campo. Acompanhe os posts do #EducaRB para saber mais sobre a importância desse Fórum na luta contra o trabalho escravo.
📸 Frame do documentário “Os Rurais da CUT”