#16 Pecuária e trabalho escravo
Você sabe de onde vem a carne que come? Em seus relatórios mais recentes, a @reporterbrasil mostrou que diversas redes de fast food – como o @mcdonalds, o @burgerking, o @bobsbrasil e o @subway – compraram carne de frigoríficos relacionados a casos de trabalho escravo e desmatamento. A JBS, uma das principais fornecedoras dessas redes, por exemplo, comercializou com fazendas investigadas pelo uso ilegal de fogo no Pantanal e de onde foram resgatados indígenas que trabalhavam em condições degradantes, instalados em barracos precários e sem acesso a água potável. No seu prato, a JBS chega por meio de marcas como a @friboibrasil, a @lojaswift e a @searabrasil . Principal concorrente da JBS, a Marfrig também já foi ligada mais de uma vez a fazendas da lista suja do trabalho escravo.
As consequências de permitir que essa carne contaminada chegue ao prato dos consumidores são várias. O McDonald’s, por exemplo, poderá responder judicialmente na França, por tais compras. E por isso é tão importante que as redes varejistas se posicionem e deixem de adquirir o produto com históricos como esses. No Brasil, supermercados como o @paodeacucar e o @Carrefourbrasil se comprometeram a suspender fornecedores flagrados com infrações trabalhistas.
Segundo dados do Ministério do Trabalho e Previdência sistematizados pela Comissão Pastoral da Terra, 17.265 trabalhadores do setor foram submetidos a condições degradantes, servidão por dívida, jornadas exaustivas e/ou trabalho forçado, em 1.036 casos, entre 1995 e 2021. Esses números representam 38% dos casos totais de trabalho escravo no período, em todo o país. Além das muitas violações trabalhistas, a pecuária é responsável por grande parte do desmatamento da Amazônia, do Cerrado e do Pantanal.
Para saber mais sobre a cadeia produtiva da carne, acesse o relatório sobre o tema.