Educadores do Maranhão
A ação, realizada em parceria com a Secretaria de Estado da Educação do Maranhão, teve como objetivo promover a discussão sobre o tema do trabalho escravo e assuntos correlatos, como migração, tráfico de pessoas e trabalho infantil, na rede estadual de ensino do Maranhão. No total, foram prevenidas 227.900 pessoas do trabalho escravo, por meio do desenvolvimento de projetos educacionais em 271 escolas de 72 municípios maranhenses. As atividades educativas aconteceram, em 2018, em escolas gerenciadas pelas Unidades Regionais de Educação de São Luís, Bacabal, Barra do Corda, Caxias, Presidente Dutra, Timon, Viana e Zé Doca. Na primeira etapa, realizada entre 2015 e 2016, mais de 130 mil pessoas foram impactadas, dentre alunos, professores e pessoas da comunidade extraescolar. O projeto contou com apoio da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Ministério Público do Trabalho (MPT).
Saiba mais sobre os desdobramentos do projeto no caderno de resultados Escravo, nem pensar! no Maranhão – 2018.
Recomendo a todos os (...) educadores que participem desse projeto. É um projeto muito importante, real, concreto, que muda vidas que planta uma semente pro futuro. É uma recomendação do estado do Maranhão. Aqui deu certo e certamente dará em todo o Brasil.
Felipe Camarão, secretário de Estado da Educação do Maranhão
A falta de informação, aliada à vulnerabilidade de parcela da população, leva pessoas a serem vítimas de diversos tipos de exploração, incluindo o trabalho escravo. Por essa razão, atividades de prevenção são essenciais para elevar o nível de conscientização da sociedade e, o Escravo, nem pensar! cumpre esse papel com notável maestria, utilizando a educação como elemento estruturante e ferramenta indispensável à formação cidadã.
Maria Cláudia Falcão, coordenadora da área de Direitos e Princípios Fundamentais do Trabalho da Organização Internacional do Trabalho no Brasil
A gente tem certeza absoluta que somente a repressão [ao trabalho escravo] não é suficiente. Então, a atuação preventiva é extremamente necessária, porque ela evita que o problema ocorra. O empoderamento acaba resultando também em mais ações repressivas, porque o próprio reconhecimento do trabalhador da sua situação de escravizado é muito importante.
Virgínia Neves, procuradora do Trabalho do Ministério Público do Trabalho do Maranhão, em São Luís (MA)
Hoje, o trabalho que a Seduc realiza com o projeto Escravo, nem pensar! é um dos mais amplos e importantes programas de Educação em Direitos Humanos do estado. (...) O esforço que tem sido feito pela Seduc com a Repórter Brasil tem uma amplitude significativa e muito impacto do ponto de vista de outras articulações de enfrentamento ao trabalho escravo no estado.
Francisco Gonçalves, secretário de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular do Maranhão
A formação de cidadãos críticos implica na contextualização de temas cada vez mais atuais. Os conteúdos do ENP! trazem questões como direitos trabalhistas e fluxos migratórios, o que assegura aos nossos jovens que se preparem para o mercado de trabalho, adquiram conhecimentos sobre o trabalho escravo e as formas de romper o seu ciclo.
Equipe da Unidade Regional de Educação de Barra do Corda