- Incidência de trabalho escravo: O estado do Rio de Janeiro está em 10º lugar no ranking nacional em número de trabalhadores escravizados entre 1995 e 2023: foram 1.779 pessoas submetidas à prática em 97 casos. Os municípios campeões em casos são a capital fluminense (48) e Campos dos Goytacazes (11).
- Principais atividades com registros: A maior parte dos escravizados no Rio de Janeiro estavam ocupados em atividades econômicas da zona rural, sobretudo na produção de cana-de-açúcar (1.079 resgatados, ou 61,8% do total). Já nas cidades, é frequente registros na construção civil (207, ou 12%) e no setor de serviços, como restaurantes e lanchonetes.
- Trabalho escravo e migração: Os casos de trabalho escravo no Rio de Janeiro trazem uma especificidade relevante: uma quantidade expressiva das vítimas são migrantes internacionais, provenientes principalmente da China, que chegam ao estado para trabalhar em estabelecimentos comerciais, como pastelarias. Esses trabalhadores são aliciados nas suas cidades de origem, muitas vezes, por parentes e conhecidos. Quando chegam ao Brasil, eles se veem numa complexa rede de dependência com aqueles que os empregam.
Dados: Ministério do Trabalho e Emprego sistematizados pela Repórter Brasil e a Comissão Pastoral da Terra.