Trabalho escravo doméstico: Estratégias para o atendimento de vítimas no pós-resgate
No Brasil, o Ministério do Trabalho e Emprego flagrou 125 casos de trabalho escravo doméstico entre 2017 e 2023. Destes, 74% das trabalhadoras resgatadas são mulheres, 41% são pretas e 33% são pardas.
Diante do aumento desses casos a cada ano, a Repórter Brasil, por meio do seu programa de educação Escravo, nem pensar!, abre o ano de 2025 com o lançamento da publicação Trabalho escravo doméstico: Estratégias para o atendimento de vítimas no pós-resgate, que conta com o apoio da Global Fund to End Modern Slavery e Department of State’s Office to Monitor and Combat Trafficking in Persons (JTIP).
A publicação aborda de forma detalhada e sensível as estratégias de pós-resgate para vítimas de trabalho escravo doméstico, destacando a importância de acolhimento especializado e humanizado. Por meio de casos reais, apresenta procedimentos para responsabilizar os exploradores e indica possibilidades de reparação das vítimas. Expõe as complexidades enfrentadas por essas trabalhadoras, desde a dificuldade de acesso a direitos básicos até os desafios na reintegração social e econômica. Por fim, enfatiza-se necessidade de políticas públicas robustas e de uma rede de apoio que compreenda as especificidades das vítimas, visando à garantia de uma vida digna e livre de exploração.