Raio-X: o trabalho escravo pós pandemia – Pará
O Pará é o estado com mais casos de trabalho escravo na série histórica, com 21% dos casos, de 1995 a 2023. No pós-pandemia, o estado figura na quinta colocação no ranking nacional. Desde 2021, houve 48 casos no estado, o que corresponde a 6% dos registros em todo território nacional. Neles, 353 trabalhadores foram escravizados.
A pecuária é a atividade com mais registros dessa grave violação, com 42% das ocorrências nos últimos três anos. Em seguida está a mineração (25%), o desmatamento (8%), a construção civil (6%) e os serviços de alimentação (2%). Carvão vegetal e extrativismo vegetal, que figuram entre as cinco primeiras atividades na série histórica, não aparecem entre as principais no pós-pandemia.
Nos últimos três anos, São Félix do Xingu é o município com maior incidência de trabalho escravo no estado (21%). Em seguida, estão Cumaru do Norte (10%) e Rio Maria (6%).A série “Raio-X: o trabalho escravo pós pandemia” é uma iniciativa do programa Escravo, nem pensar!, da Repórter Brasil, com base nos dados do Ministério do Trabalho e Emprego sistematizados pela ONG e pela Comissão Pastoral da Terra.