Raio-X: o trabalho escravo pós pandemia – Bahia
A Bahia é o terceiro estado com mais casos de trabalho escravo no Brasil no pós-pandemia. Na série histórica, o estado ocupava o sétimo lugar, com 172 casos envolvendo 3625 trabalhadores, mas nos últimos três anos subiu de posição. De 2021 a 2023, 270 trabalhadores foram resgatados no estado em 60 casos.
As atividades com mais registros dessa grave violação são trabalho doméstico (35%), extrativismo vegetal (10%), construção civil (10%), mineração (8%) e pecuária (8%). A mineração e o extrativismo vegetal apresentaram um aumento de casos nos últimos três anos, ultrapassando a produção de carvão vegetal e de algodão, atividades que figuravam entre as cinco com mais registros na série histórica.
Salvador segue sendo o principal município do estado com registros de trabalho escravo no pós-pandemia, concentrando 28% dos resgates, principalmente em atividades de trabalho doméstico (70,5%). A capital baiana é seguida de Sento Sé e Feira de Santana, que registram 8% e 7% dos casos.
A série “Raio-X: o trabalho escravo pós pandemia” é uma iniciativa do programa Escravo, nem pensar!, da Repórter Brasil, com base nos dados do Ministério do Trabalho e Emprego sistematizados pela ONG e pela Comissão Pastoral da Terra.