Raio-X: o trabalho escravo pós pandemia

O número de casos de trabalho escravo no Brasil explodiu após a pandemia. Na série “Raio-X: o trabalho escravo pós pandemia” o programa educacional da Repórter Brasil, traz dados inéditos do Brasil e dos principais estados com registros alarmantes dessa grave violação nos últimos três anos. Os dados são do Ministério do Trabalho e Emprego sistematizados pela ONG e pela Comissão Pastoral da Terra.

 

 

 

Brasil

Estados como Minas Gerais, São Paulo e Bahia lideram os registros após a pandemia, ultrapassando antigos focos frequentes como Pará, Mato Grosso e Maranhão. A pecuária continua sendo a principal atividade associada ao trabalho escravo, e o trabalho doméstico e a mineração passaram a figurar entre as cinco primeiras nos últimos anos.

 


 

 

 

Minas Gerais

Minas Gerais lidera os casos de trabalho escravo no Brasil no pós-pandemia. Desde 2021, 25% dos 800 casos de trabalho escravo no Brasil ocorreram em Minas Gerais. Neles, foram resgatados mais de 2,5 mil trabalhadores. Dentre todos os resgatados no território nacional, uma em cada dez vítimas é mineira (11%).

 


 

 

 

São Paulo

São Paulo é o segundo estado com mais casos de trabalho escravo no pós-pandemia. Entre 1995 e 2023, o estado ocupou o sexto lugar em ocorrências dessa prática, mas nos últimos anos tem ficado nas primeiras posições no ranking nacional. Desde 2021, São Paulo registrou 71 das 800 ocorrências realizadas no Brasil, o que corresponde a 9% do total. Foram resgatados 685 trabalhadores em seu território no período.

 


 

 

 

Bahia

A Bahia é o terceiro estado com mais casos de trabalho escravo no Brasil no pós-pandemia. Na série histórica, o estado ocupava o sétimo lugar, com 172 casos envolvendo 3625 trabalhadores, mas nos últimos três anos subiu de posição. De 2021 a 2023, 270 trabalhadores foram resgatados no estado em 60 casos.

 


 

 

 

 

Goiás

Goiás, um dos estados mais pujantes do agronegócio no Brasil, é o quarto estado com mais registros de casos de trabalho escravo no pós-pandemia. Nos últimos três anos foram 57 casos na região, 7% do total, com 1.317 trabalhadores escravizados.

 


 

 

 

Pará

O Pará é o estado com mais casos de trabalho escravo na série histórica, com 21% dos casos, de 1995 a 2023. No pós-pandemia, o estado figura na quinta colocação no ranking nacional. Desde 2021, houve 48 casos no estado, o que corresponde a 6% dos registros em todo território nacional. Neles, 353 trabalhadores foram escravizados.

 


 

 

 

 

Maranhão

O Maranhão é o principal estado de origem dos trabalhadores escravizados no Brasil. No pós-pandemia, o estado figurou na sexta posição em número de casos que ocorreram em seu território. Nos últimos três anos houve 47 inspeções na região, 6% dos registros nacionais. Neles, 250 pessoas foram escravizadas. Já na série histórica, de 1995 a 2023, o Maranhão é o terceiro estado com mais casos dessa grave violação, com 7% dos casos.

 


 

 

 

 

Mato Grosso

O Mato Grosso é o maior produtor de soja, milho, algodão e gado do país. Apesar de no pós-pandemia estar na 15º posição no ranking do trabalho escravo, o estado figura na 3º colocação na série histórica, de 1995 a 2023.

 


 

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