Assistência Social do RJ discute tráfico de pessoas
No quarto encontro formativo, projeto capacita profissionais sobre violações relacionados ao trabalho escravo
No dia 18 de junho, a Repórter Brasil realizou, em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro (SMASDH-RJ), o quarto encontro do projeto Escravo, nem pensar! – Atendimento humanizado ao migrante e prevenção ao tráfico de pessoas e trabalho escravo, dedicado à formação de 53 profissionais da Assistência Social do Rio de Janeiro (RJ) sobre os temas do trabalho escravo, migração e assuntos correlatos. A iniciativa é apoiada pelo Ministério Público do Trabalho.
Na atividade foram sistematizados e avaliados os resultados parciais da implementação do projeto nas unidades participantes. Entre abril e junho, após o primeiro módulo de encontros formativos, os servidores formados pelo ENP! multiplicaram os conteúdos sobre direito à migração e trabalho escravo para o corpo técnico das unidades e iniciaram abordagens a respeito desses assuntos nos serviços de atendimento aos usuários.
No quarto encontro, o ENP! aprofundou a discussão iniciada na primeira etapa do projeto e forneceu referências conceituais e técnicas sobre tráfico de pessoas e trabalho infantil, violações que possuem conexão com o trabalho escravo. A atividade também contou com uma roda de conversa com a procuradora do Trabalho Guadalupe Couto, que apresentou aos participantes as atribuições do Ministério Público do Trabalho (MPT) no enfrentamento ao trabalho escravo.
Após a formação, os servidores prosseguirão com as atividades de multiplicação, ampliando a proposta para entidades da rede socioassistencial nos territórios, e continuarão as abordagens nos serviços. Os resultados decorrentes dessa etapa serão apresentados no quinto encontro formativo, a ser realizado neste ano.
Sobre o projeto
O projeto é dedicado à formação de diretores e técnicos das dez CASDH (Coordenadoria de Assistência Social e Direitos Humanos) e dos 14 CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) da rede municipal de Assistência Social do município do Rio de Janeiro, além de servidores de 22 Cras (Centro de Referência de Assistência Social) dos territórios de Bonsucesso (4ª CASDH), Jacarepaguá (7ª CASDH), Bangu (8ª CASDH) e Santa Cruz (10ª CASDH).
A ação visa à capacitação dos profissionais da Assistência Social para o atendimento ao trabalhador vítima do trabalho escravo e para a identificação de casos e encaminhamento de denúncias aos órgãos competentes. Além disso, o projeto fortalece o atendimento dos servidores aos migrantes internacionais, que são cada vez mais presentes nos territórios e nas unidades da rede socioassistencial do Rio de Janeiro.