#111 Repórter Brasil previne trabalho escravo no Piauí

Em 2025, a rede pública de Educação do Piauí participa do projeto Escravo, nem pensar! de prevenção ao trabalho escravo. O objetivo é formar educadores para o desenvolvimento de ações educacionais sobre o tema com estudantes e comunidades vulneráveis à exploração laboral. A meta é alcançar 447 unidades escolares de 94 municípios piauienses. 

A primeira etapa do projeto ocorreu entre os dias 18 e 20 de março de 2025, em Teresina. A ação é realizada em conjunto com a Seduc-PI (Secretaria de Estado de Educação) e conta com o apoio da Fundação Avina e a parceria da Contar (Confederação Nacional dos Trabalhadores Assalariados e Assalariadas Rurais), Coetrae-PI (Comissão Estadual para a Erradicação do Trabalho Escravo e do Tráfico de Pessoas no Estado do Piauí) e CPT (Comissão Pastoral da Terra). 

O Piauí é um estado estratégico para o combate ao trabalho escravo, já que a ocorrência do problema em seu território é frequente, mas também porque muitos piauienses migram para a exploração laboral em outros estados do Brasil. Entre 1995 e 2024, 1.666 trabalhadores foram escravizados em 109 casos flagrados no estado, colocando-o na 11ª colocação no ranking nacional. As atividades relacionadas ao extrativismo vegetal, principalmente aquelas referentes à extração da palha de carnaúba, concentram porcentagem importante dos casos de trabalho escravo no estado (26%). Os dados são do Ministério do Trabalho e Emprego e foram sistematizados pela Repórter Brasil.

Para saber mais sobre o projeto, clique aqui. 

Foto: Ministério do Trabalho e Emprego

Publicado em 8 abril 2025