Publicação discute violações na construção civil
Fascículo do Escravo, nem pensar! destaca acidentes graves, péssimas condições de trabalho e casos de escravidão em obras do setor
A construção civil é um dos setores que mais cresce no Brasil. Apesar dos investimentos bilionários e da massiva geração de emprego, esse crescimento não garantiu condições dignas para os trabalhadores. Alojamentos precários, riscos à integridade física, acidentes graves e até mesmo exploração de trabalho escravo têm sido recorrentes em canteiros de obras espalhados pelo país.
Para discutir essa questão, o programa Escravo, nem pensar! lança o fascículo As condições de trabalho na construção civil. Por meio de arte gráfica, a publicação apresenta um raio-x do setor: número de acidentes de trabalho, grau de informalidade e o número total de trabalhadores da construção civil libertados da escravidão em 2013, quando, pela primeira vez na história, o número de trabalhadores resgatados nos centros urbanos foi superior ao das áreas rurais no Brasil. A publicação discute ainda a relação entre migração, terceirização e a exploração nos canteiros de obras.
Ao abrir todas abas da publicação, o leitor encontra um pôster com informações de quatro casos de violação de direitos: mortes na construção de estádios para a Copa do Mundo; péssimas condições de trabalho na construção das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia; casos de trabalho escravo em canteiros do programa do governo federal “Minha Casa Minha Vida” e a libertação de 111 trabalhadores na ampliação do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
O fascículo contou com apoio da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Ele será utilizado em formações do Escravo, nem pensar! e está disponível para download. Clique aqui para baixar.
Para saber mais sobre o assunto, acesse Repórter Brasil – Construção Civil.