MPT: MPT reverte recursos para implantação do projeto “Escravo nem Pensar”, em Santarém
Confira aqui a matéria publicada originalmente no site do Ministério Público do Trabalho no Pará e no Amapá.
Lançado no último dia 8, o projeto tem como objetivo combater e prevenir o trabalho escravo e outras violações de direitos humanos na região
O Projeto “Escravo nem Pensar”, desenvolvido desde 2004 pela ONG Repórter Brasil, chegou esta semana ao Oeste do Pará. Lançado no último dia 8, em Santarém, a iniciativa será implantada com os recursos revertidos pelo Ministério Público do Trabalho PA/AP (MPT), oriundos de dois processos judiciais contra as empresas Vitória do Xingú e I.V Transportes e Locações LTDA.
O projeto, que será executado em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, Prefeitura de Santarém e MPT, proverá formação sobre trabalho escravo, tráfico de pessoas, trabalho infantil e outros tipos de violações de direitos humanos laborais a profissionais da educação atuantes na região, além de realizar ações voltadas à prevenção do trabalho escravo em comunidades sócio vulneráveis.
Segundo dados do Ministério da Economia, sistematizados pela Pastoral da Terra, entre 2003 e 2014, mais de 12 mil pessoas foram resgatadas de condições análogas as de escravo no Pará. Esse número representa 25% do total de libertados no país inteiro. O Oeste paraense é uma das regiões que mais sofre com a exploração de trabalhadores, tendo em vista a situação econômica e a natureza do trabalho majoritariamente rural.
O “Escravo nem pensar” atua há 15 anos, e já alcançou 465 municípios brasileiros, impactando a vida de mais de um milhão de pessoas por meio das ações realizadas, que envolvem educadores e lideranças populares a fim de coibir as mais variadas formas de exploração.