Migração como direito humano em São Paulo

Caderno de resultados apresenta experiências educacionais sobre migração internacional e prevenção ao trabalho escravo que alcançou mais de 6.796 pessoas em escolas da capital

A cidade de São Paulo é polo de atração nas atuais dinâmicas migratórias internacionais. Migrantes de diversas nacionalidades se somam às comunidades aqui já estabelecidas com o objetivo de escrever uma nova página em suas trajetórias de vida. Contudo, não raro, esses indivíduos sofrem práticas discriminatórias e violações em espaços de interação social, como o trabalho e a escola.

Diante desse contexto, o Escravo, nem pensar! produziu o caderno Migração como direito humano: rompendo o vínculo com o trabalho escravo, resultado do projeto homônimo realizado em 2016 pela Repórter Brasil e a Secretaria Municipal de Educação (SME) de São Paulo e com o apoio do Ministério Público do Trabalho. O objetivo da iniciativa foi a disseminação dos temas do direito à migração e da prevenção ao trabalho escravo em 46 escolas de diferentes bairros da capital com grande quantidade de alunos migrantes. A ação envolveu 5.108 alunos e 652 educadores da rede pública, além das comunidades em torno das escolas, alcançando um total de 6.796 pessoas.

A publicação apresenta experiências desenvolvidas no âmbito do projeto, servindo como referência ao educador que deseja promover um ambiente de integração multiétnica no ambiente escolar. Dados da SME de 2017 mostram que o município possui mais de 4 mil alunos de 76 nacionalidades. Nesse contexto, educadores lidam diariamente com o desafio de combater a xenofobia e o preconceito contra alunos migrantes e desconstruir uma automática e falsa associação entre trabalho escravo e migração.

Para saber mais sobre as atividades desenvolvidas pelas escolas que participaram do projeto, confira os nossos vídeos: