Governo do Maranhão: Maranhão vai se tornar o primeiro estado do Brasil a ter alcançado todos os municípios com o ‘Escravo, Nem Pensar!’, diz OIT

Confira aqui a matéria publicada originalmente no portal da Secretaria de Estado da Educação do Maranhão.

O oficial de projetos da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Erik Ferraz, destacou, nesta terça-feira (17), durante o lançamento do ciclo 2019/2020 do programa ‘Escravo, Nem Pensar!’ no Maranhão, que o Estado será o primeiro a alcançar todos os municípios com ações educativas em escolas do Sistema Estadual de Ensino voltadas à prevenção e combate ao trabalho escravo. O evento, que também marcou o início da primeira formação para gestores, acontece até quinta-feira (19), no Centro Educa Mais João Francisco Lisboa (CEJOL).

“A gente vai começar a fechar um ciclo que se iniciou em 2015: a ONG Repórter Brasil, com a metodologia do Escravo, Nem Pensar, em parceria com MPT; a Sedihpop; Seduc e OIT, concluindo a capacitação dos gestores educacionais no Estado. É um momento que a gente consegue capacitar os gestores para que eles possam replicar lá na ponta. O Maranhão vai se tornar o primeiro Estado do Brasil a ter alcançado todos os municípios com a metodologia do Escravo, Nem Pensar”, enfatizou Erik Ferraz.

O subsecretário da Secretaria de Estado da Educação, Danilo Moreira, que representou o secretário Felipe Camarão no ato, ressaltou que a ação é de extrema importância para disseminar entre a comunidade escolar o conhecimento sobre o trabalho escravo.

“Esse é um trabalho de prevenção, de formação do estudante e disseminação de valores para que a gente possa, no ambiente escolar, provocar reflexões sobre essas questões e desenvolver em nossa juventude um potencial para que fuja desse ciclo de miséria. Sabemos que com experiências como essas e outras, como o fortalecimento da educação integral, o governo Flávio Dino vai dando passos significativos para a erradicação do trabalho escravo no Maranhão”, apontou Danilo Moreira.

O secretário de Direitos Humanos e Participação Popular, Francisco Gonçalves, destacou que se trata de uma atividade de conscientização de educação e prevenção ao trabalho escravo. “Esse é um esforço importante em defesa da dignidade do trabalho, em defesa dos direitos humanos”, ressaltou.

O procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT), Maurel Selares, reforçou a importância da parceria do órgão para o desenvolvimento do programa. “O ‘Escravo Nem Pensar’ é muito importante para o Ministério Público e para o Maranhão, pois leva a temática do trabalho análogo à escravidão a todos os municípios maranhenses, passa as informações aos educadores e esses transmitem para os alunos, que compartilham com a comunidade. Então, é uma forma de trazer a comunidade para o combate ao trabalho análogo à escravidão. O combate não fica restrito ao Ministério Público, ao Governo do Estado ou a qualquer outra entidade, mas a própria comunidade é que participa desse combate”, disse.

No Maranhão, a parceria foi formada desde 2015, quando o Estado se tornou o primeiro do País a promover a formação de educadores para atuarem no enfrentamento e combate ao trabalho escravo. Nos quatro primeiros anos, o projeto alcançou 240.873 pessoas com ações de prevenção ao trabalho escravo, desenvolvidas em 474 escolas, de 138 municípios. Só em 2018, 227.900 pessoas, de 271 escolas em 72 municípios, de oito Unidades Regionais de Educação (UREs), foram envolvidas nas atividades interdisciplinares e projetos pedagógicos, com o objetivo de disseminar o tema junto às comunidades vulneráveis ao aliciamento de trabalhadores e ao uso de mão-de-obra escrava no Estado.

“Independentemente da quantidade de pessoas, do tamanho da população ou da cidade, sempre vai haver uma escola para colocar essa temática na agenda pública e fazer com que a população demande seus direitos e que os trabalhadores tenham uma rede de proteção para que não caiam nas armadilhas do trabalho escravo”, concluiu Natália Suzuki, coordenadora do ‘Escravo, Nem Pensar’.

São parceiros do projeto, no Maranhão, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), Ministério Público do Trabalho (MPT), Comissão Estadual para a Erradicação do Trabalho Escravo (Coetrae) e Secretaria de Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop).