Formação do Escravo, nem pensar! é realizada em Codó (MA)
Após oficina realizada em 2012, o programa retorna ao município para realizar formação de educadores em direitos humanos com foco no trabalho escravo
Entre os dias 4 e 8 de novembro, professores e lideranças de Codó (MA) participaram da formação do programa Escravo, nem pensar! sobre trabalho escravo e temas relacionados aos direitos humanos. A atividade contou com o apoio do Ministério Público do Trabalho do Maranhão e da TAM Linhas aéreas e foi realizada em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Codó, a Unidade Regional de Educação de Codó (Secretaria Estadual de Educação do Maranhão) e a ONG Plan Brasil.
Estavam presentes cerca de 50 pessoas, principalmente coordenadores das instituições de educação municipal e estadual, supervisores de escolas do campo e professores de diversas modalidades de ensino. A formação contou também com a participação de agentes da sociedade civil, como o representante do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar (SINTRAF).
Ao longo da semana, foram abordados temas como a questão agrária, os sentidos do trabalho e a fronteira agrícola, além do tráfico de pessoas e do trabalho escravo. As discussões sobre migração e trabalho infantil tiveram destaque, uma vez que esses fenômenos fazem parte da realidade do município. A ONG Plan contribuiu com o debate, apresentando as atividades do projeto Trabalhar não é brincadeira, que tem como meta a diminuição do trabalho infantil na região.
Outras entidades participaram da formação, no formato de roda de conversa. João Antonio Moreira França representou a Comissão Pastoral da Terra em Balsas, e a procuradora do trabalho Virgínia Saldanha representou o Ministério Público do Trabalho de São Luís (MA). A partir do diálogo com as entidades, os participantes puderam esclarecer questões relacionadas ao enfrentamento ao trabalho escravo e ao tráfico de pessoas, além de compreender como tais fenômenos estão presentes no município e no estado.
Em todos os momentos, foi possível notar o empenho de coordenadores e supervisores em pensar formas de multiplicação dos conteúdos e da metodologia da formação. No último dia, foram elaborados planos de ação com esse intuito. “A qualidade das propostas levantaram grandes expectativas quanto à multiplicação do tema junto a professores, alunos e comunidade em geral”, avalia Thaís Favoretto, educadora do programa. A semana de formação foi encerrada com apresentações culturais bem elaboradas e divertidas, encantando os presentes. Clique aqui para saber mais e ver imagens da formação.
Dentro de seis meses, a equipe do Escravo, nem pensar! retornará ao município para a realização do primeiro monitoramento das atividades desenvolvidas, levando novos materiais didáticos e propostas pedagógicas. O segundo e último módulo de monitoramento deverá ser realizado dentro de um ano, encerrando a formação continuada no município.