Escravo, nem pensar! realiza formação com representantes de 13 municípios do Pará

Participantes formarão professores em seus municípios para impulsionar ações de combate e prevenção ao trabalho escravo na região 

Nos dias 25 e 26 de agosto, a equipe do programa Escravo, nem pensar! realizou uma nova formação sobre trabalho escravo contemporâneo no município de Marabá, no sul do Pará. Desta vez, participaram representantes do da Secretaria Municipal de Educação de 13 municípios do sul e sudeste do estado: Abel Figueiredo, Canaã dos Carajás, Curionópolis, Eldorado dos Carajás, Itupiranga, Jacundá, Nova Ipixuna, Palestina do Pará, Parauapebas, Piçarra, São João do Araguaia, Tucumã e do próprio município que sediou a atividade.

Participantes

De volta a seus municípios, os participantes desenvolverão formações específicas com os professores, compartilharão os materiais didáticos fornecidos pelo programa e apresentarão exemplos de experiências pedagógicas já realizadas com o apoio do programa. A partir daí, o trabalho escravo será abordado por meio de projetos pedagógicos, articulado com a discussão de outros temas da realidade local, como questão fundiária, desmatamento e ocupação da Amazônia. Em novembro será realizado um encontro de monitoramento para avaliar os desdobramentos da formação e disponibilizar novos recursos didáticos.

Nos últimos nove anos, o Escravo, nem pensar! já realizou 53 formações – oito em municípios do Pará – com professores e lideranças sociais. Esta é a primeira formação direcionada especificamente para membros das Secretarias Municipais de Educação. Com essa nova ação, o programa pretende ampliar a escala da difusão de informações sobre o trabalho escravo e garantir apoio institucional para os professores abordarem o tema nas escolas.

A ação teve apoio do Grupo de Articulação Interinstitucional para o Enfrentamento ao Trabalho Escravo no Pará (Gaete), da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, da TAM Linhas Aéreas e contou com a parceria da Secretaria Municipal de Educação de Marabá, do professor Airton Pereira (Universidade Estadual do Pará) e da Comissão Pastoral da Terra.