Escolas do Maranhão desenvolvem atividades de prevenção ao trabalho escravo
Confira aqui a notícia publicada originalmente no site da ONU Brasil.
Realizado pela ONG Repórter Brasil, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (SEDUC) do Maranhão e com apoio da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Ministério Público do Trabalho (MPT), o projeto “Escravo, nem pensar!” é focado na prevenção ao trabalho escravo e já está em sua segunda edição.
Por meio da iniciativa, escolas da rede estadual desenvolverão este ano atividades de prevenção ao trabalho escravo com alunos e pessoas da comunidade. O Maranhão é o principal estado de origem de trabalhadores resgatados do trabalho escravo no Brasil.
Realizado pela ONG Repórter Brasil, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (SEDUC) do Maranhão e com apoio da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Ministério Público do Trabalho (MPT), o projeto “Escravo, nem pensar!” é focado na prevenção ao trabalho escravo e já está em sua segunda edição no estado. Os resultados da primeira edição, implementada em 2015 e 2016, podem ser vistos aqui.
No final de janeiro, a equipe do projeto realizou um estudo de campo para planejar as próximas atividades em São Luís e no interior do Maranhão, incluindo entrevistas com gestores e técnicos dos polos regionais da Secretaria da Educação.
Por meio do “Escravo, nem pensar!”, escolas da rede estadual desenvolverão este ano atividades de prevenção ao trabalho escravo com alunos e pessoas da comunidade. A abordagem desse tema integra o currículo oficial da rede estadual desde 2017, como resultado da primeira edição do projeto.
A segunda edição terá como foco a formação continuada da equipe do “Escravo, nem pensar!” com profissionais responsáveis pela formação de professores de oito territórios administrativos da SEDUC, chamados de Unidades Regionais de Educação (URE). Esses profissionais serão responsáveis por multiplicar a proposta para os educadores das escolas.
Para aprofundar o conhecimento sobre a realidade local, o assessor de projetos Thiago Casteli e o assistente de projetos Rodrigo Teruel visitaram cinco UREs vulneráveis ao aliciamento de trabalhadores para o trabalho escravo: Bacabal, Caxias, Timon, Viana e São Luís.
A atividade fez parte da pesquisa de campo realizada para identificar os efeitos da migração forçada, o aliciamento e problemas correlatos que afetam a rotina das escolas e a vida dos estudantes do Maranhão. O Maranhão é o principal estado de origem de trabalhadores resgatados do trabalho escravo no Brasil.
Os representantes do “Escravo, nem pensar!” também coletaram informações sobre a metodologia de formação continuada de professores realizada em cada URE.
Sobre o projeto
Realizado pela ONG Repórter Brasil em parceria com a SEDUC e com apoio da OIT e do MPT, o projeto tem como objetivo promover a discussão sobre o tema do trabalho escravo e assuntos correlatos, como migração, tráfico de pessoas e trabalho infantil, na rede estadual de ensino do Maranhão.
Em 2018, as atividades educativas acontecerão em escolas gerenciadas pelas UREs de São Luís, Bacabal, Barra do Corda, Caxias, Presidente Dutra, Timon, Viana e Zé Doca. A meta é atingir 292 escolas de 79 municípios maranhenses.
Na primeira etapa, realizada entre 2015 e 2016, o projeto alcançou mais de 130 mil pessoas, entre alunos, professores e pessoas da comunidade extraescolar. A parceria com o governo do Maranhão foi firmada em solenidade com a presença do governador Flávio Dino, em dezembro de 2017.