ENP! fomenta projetos pedagógicos sobre direitos dos imigrantes na Educação do Amazonas

Programa educacional da ONG Repórter Brasil forma educadores das redes municipal e estadual e desenvolve plataforma de ensino à distância com foco na temática migratória. Unidades escolares desenvolverão atividades didáticas com estudantes em 2022

Escolas do Amazonas têm recebido crescente fluxo de alunos imigrantes nos últimos anos, muitos dos quais se deslocaram forçadamente e vivem num contexto de vulnerabilidade socioeconômica. Visando à promoção do acolhimento e da integração desses estudantes na rede pública de ensino, o programa Escravo, nem pensar!, da ONG Repórter Brasil, implementa o projeto Edumigra – Formação de Professores(as) para a Garantia do Direito à Educação de Crianças e Adolescentes Refugiados e Migrantes, uma iniciativa do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef), Secretaria de Estado de Educação e Desporto do Amazonas (Seduc-AM) e Secretaria Municipal de Educação de Manaus (Semed).

Foto: Um olhar para a Integração (Rafael Zart)

A ação tem como objetivo promover a reflexão sobre os movimentos migratórios e a acolhida de pessoas migrantes nas escolas das redes municipal de Manaus e estadual do Amazonas. Na prática, o projeto é implementado em duas etapas: a formação de educadores e técnicos pedagógicos de ambas as redes e  a disponibilização de uma plataforma de educação à distância sobre direitos migratórios e trabalho escravo para professores, gestores escolares e demais profissionais da Educação. 

O projeto foi lançado oficialmente em outubro, com a formação síncrona realizada pelo Escravo, nem pensar! para representantes da Seduc-AM e Semed Manaus e de unidades escolares. Em seguida, os participantes deram início à multiplicação dos conteúdos e conceitos abordados para as suas equipes técnicas e demais educadores das escolas com o intuito de desenvolverem atividades e projetos pedagógicos sobre a migração e o trabalho escravo com os alunos. A expectativa é que esta última etapa ocorra ao longo de 2022.  

“Precisamos assegurar que os processos migratórios no Amazonas ocorram da maneira mais humanizada possível, garantindo o acesso à direitos e promovendo o trabalho decente às comunidades migrantes”, destaca Natália Suzuki, coordenadora do programa Escravo, nem pensar!.

Sobre a plataforma de educação à distância 

Elaborada pelo Escravo, nem pensar!, a plataforma Edumigra conta com uma metodologia autoinstrucional, por meio da qual a pessoa acessa e estuda o material de forma autônoma. A formação assíncrona está dividida em seis módulos que compreendem conteúdo conceitual, exercícios para compreensão e apropriação do conteúdo, e questões provocadoras que estimulam o pensamento sobre a temática da migração e assuntos correlatos. No ambiente virtual, são disponibilizados materiais de apoio, com sugestões de leituras, sites, cartilhas, vídeos e relatórios informativos.

Foto: Reprodução da plataforma Edumigra

O objetivo é fazer com que os participantes possam refletir sobre o papel da comunidade escolar na acolhida da população migrante para o desenvolvimento de atividades e projetos pedagógicos voltados à valorização de um ambiente multiétnico e de promoção do acesso à direitos básicos para comunidades vulneráveis. 

Para saber mais, acesse: http://sistemas.seduc.am.gov.br/edumigra/