Como romper o ciclo do trabalho escravo?
Nova edição de fascículo do Escravo, nem pensar! aborda o ciclo de pobreza e exploração que acomete trabalhadores escravizados e mostra as estratégias da política pública nacional para erradicar o crime
A Repórter Brasil lança em 2024 a quarta edição do fascículo Ciclo do trabalho escravo contemporâneo. A publicação apresenta etapas comuns às jornadas de trabalhadores escravizados no Brasil, como a vulnerabilidade socioeconômica no local de origem, o aliciamento e a migração para a frente de trabalho em que são explorados. Mostra ainda o caminho percorrido por aqueles que conseguem escapar dessa violação, desde a denúncia, passando pela operação de fiscalização até o resgate pelas instituições responsáveis. O material discute também como ações de repressão ao crime, prevenção e assistência às vítimas são fundamentais para o rompimento desse ciclo. São exemplos disso medidas de reparação aos trabalhadores e responsabilização dos empregadores, implementação de campanhas educativas e informativas acerca do tema, e atendimento após o resgate, por meio do acesso aos programas, serviços e benefícios sociais apropriados. A elaboração do fascículo conta com o apoio do The Freedom Fund.
O material é dedicado a funcionários públicos e atores da sociedade civil engajados na luta contra o trabalho escravo. Seu formato facilita a exposição do ciclo do trabalho escravo em oficinas, palestras e rodas de conversa. Para cada etapa, há uma descrição que contribui para o aprofundamento da compreensão sobre essa dinâmica de exploração.
O fascículo apresenta ainda um panorama do trabalho escravo no Brasil e a definição da prática como crime previsto no artigo 149 do Código Penal Brasileiro, além dos meios e informações essenciais para denúncias. Por fim, são reunidos também dados atualizados sobre o perfil do trabalhador resgatado: 94% são homens, 88% são pessoas de 18 a 49 anos, pelo menos 64% possuem baixa escolaridade e 63% são negros. Os principais estados de origem dos trabalhadores são: Maranhão, Pará, Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso do Sul, Piauí e Tocantins (Clique aqui para baixar a versão digital).