Trabalho escravo: esclarecer, educar e transformar
Foram desenvolvidas diversas atividades de prevenção e conscientização sobre trabalho escravo rural, com participação de alunos e alunas, mães e pais e comunidades vizinhas à escola. Houve duas atividades de destaque, não só pelo empenho de seus executores, mas também porque representaram mudanças nas comunidades: a realização de um filme e as oficinas de artesanato, como alternativa para complemento da renda familiar.
Estudantes, professores e professoras elaboraram o roteiro da peça “A Esperança Perdida”, encenada em nove comunidades, quando foram realizadas as filmagens que se transformaram em um filme. Alunos e alunas se esforçavam a cada encenação para aprimorar as cenas e as falas, dada a importância que atribuíram ao tema.
Durante as apresentações, a platéia manteve toda a atenção e, ao final, foram problematizadas as condições de trabalho a que eram submetidas as personagens. Algumas pessoas puderam perceber que já haviam enfrentado aquela situação, sem saber que era escravidão.
As oficinas de artesanato com produtos recicláveis foram divididas em quatro módulos – e continuarão sendo ministradas mesmo após a conclusão do financiamento do projeto. Na primeira etapa, os participantes receberam informações sobre lixo e resíduos. Depois, aprenderam a confeccionar cestos de papel e juntaram garrafas PET para o módulo seguinte. Pais e mães de estudantes irão confeccionar sofás, luminárias e vassouras. A proposta de comercialização das vassouras em um supermercado de Marabá deixou os participantes muito entusiasmados a buscarem uma alternativa de geração de renda, com a criação de uma cooperativa.