Professores na luta contra o trabalho escravo
A maior preocupação dos professores era alertar os jovens sobre os altos índices de trabalhadores que migram do município em busca de trabalho no corte de cana-de-açúcar, e o fato de que muitos desses trabalhadores se tornam vítimas do trabalho escravo.
Para isso, um grupo de professores e professoras preparou uma peça de teatro chamada “Quando a esmola é demais, o santo desconfia”. O conteúdo da peça abordou o ciclo do trabalho escravo, a situação de pobreza que leva as pessoas a migrarem em busca de trabalho, as formas de violência a que estão sujeitas, como denunciar essa violação dos direitos humanos e como se prevenir. A peça foi apresentada em cinco escolas da área urbana da cidade, algumas localizadas em bairros com população em situação de vulnerabilidade e também para a turma do Projovem. Após as apresentações, foram organizadas rodas de conversa, para refletir com estudantes sobre o trabalho escravo e o cotidiano dos trabalhadores locais.
O projeto foi encerrado com o Festival cultural, que contou com exibição de filme, palestra com educador da Comissão Pastoral da Terra e também o testemunho de uma mãe que viu seu filho se tornar vítima do trabalho escravo. Alguns cordéis escritos pelos estudantes também foram apresentados e os melhores receberam premiações.