Preservando o meio ambiente e colhendo cidadania: Escravo, nem pensar!
O projeto desenvolveu atividades que apontaram a relação entre agronegócio, trabalho escravo e devastação ambiental. Os estudantes assistiram a filmes e palestras sobre o tema, e orientados pelas professoras, produziram materiais como cordéis, desenhos, paródias e pinturas. Uma das palestras foi apresentada por um trabalhador, morador da região, que foi libertado da fazenda Campo Aberto, pertencente, na época da fiscalização, à família do piloto Ayrton Senna.
Como forma de refletir sobre o atual modelo de desenvolvimento colocado para o campo brasileiro, debateu-se com alunos e alunas a agricultura familiar. Foi construída uma horta escolar, que contou com assessoria de um técnico agrícola da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente. Aprendendo as técnicas de manejo, os estudantes colaboraram com o plantio e a manutenção da horta, e a merenda escolar passou a ser complementada com os alimentos cultivados na escola.
Além disso, para provocar mudanças de comportamento e incentivar a realização de ações que levassem os estudantes a refletirem sobre seu papel, a escola promoveu atividades com a proposta de reduzir a produção de lixo, reciclar e reaproveitar. Com a reutilização de embalagens e sucata, os estudantes produziram brinquedos, enfeites e até mesmo roupas da quadrilha junina.
A escola participa do projeto vereadores mirins, em que cada escola tem alunos e alunas que a representam em sessões da Câmara Municipal de Ibotirama. Os vereadores mirins apresentaram informações sobre trabalho escravo e também algumas de suas atividades para cerca de cem estudantes e professores de outras seis escolas.
O encerramento do projeto foi celebrado com um desfile nas ruas da cidade, com o objetivo de divulgar os conteúdos estudados sobre trabalho escravo e meio ambiente. Seguindo ao ritmo da bateria composta por alunos da escola, o desfile formou blocos temáticos exibindo os trabalhos produzidos durante o projeto.