A arte e suas provocações no combate ao tráfico humano

A Pastoral dos Direitos Humanos, em parceria com o Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos e com a Paróquia Santuário Santa Luzia, realizou três oficinas com o grupo de jovens da Pastoral Arte e Dança – Boi da Luz sobre as temáticas do trabalho escravo, trabalho infantil, tráfico humano e exploração sexual, além de uma oficina de preparação teatral e arte corporal. O grupo também fez entrevistas com mais de 30 famílias nos bairros de Sete de Setembro, Alto São Francisco, Acampamento e Vila Conquista, que são os mais pobres do município e onde os trabalhadores são mais vulneráveis ao trabalho escravo.

Arte para mudar a realidade

A partir das oficinas, os jovens da Pastoral Arte e Dança produziram e ensaiaram um espetáculo de teatro, música e dança unindo os temas trabalhados nas oficinas com a tradição maranhense do Bumba-meu-Boi, patrimônio cultural brasileiro. A apresentação aconteceu em praça pública e envolveu 500 pessoas da comunidade. 

Depoimento

Tendo em vista a realidade maranhense no que diz respeito à exploração da mão de obra escrava, é de suma importância o incentivo a projetos que propiciem a conscientização e o combate a esta forma de degradação humana e social. Os jovens envolvidos pelo projeto puderam conhecer a realidade do tráfico humano e estabelecer contato direto com vítimas e possíveis vítimas do trabalho escravo contemporâneo.

Italo Ramon de Melo Lima, coordenador do projeto e membro da Pastoral dos Direitos Humanos da Paróquia Santuário Santa Luzia