Escravo, nem pensar! no Oeste da Bahia
Este caderno apresenta os principais resultados das abordagens educativas de prevenção ao trabalho escravo realizadas por 90 escolas de 22 municípios baianos vulneráveis ao aliciamento e a exploração de trabalhadores. A ação envolveu mais de 30 mil pessoas e teve como foco a região oeste, que concentra o maior número de casos de trabalho escravo.
Os resultados são decorrentes do projeto Escravo, nem pensar! no Oeste da Bahia – 2017, realizado pela Repórter Brasil e Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC-BA), com o objetivo de inserir a discussão sobre o tema do trabalho escravo e assuntos correlatos, como aliciamento e migração, na rede pública de ensino. Para isso, a equipe do ENP! formou gestores e técnicos pedagógicos de três Núcleos Territoriais de Educação (NTEs), unidades descentralizadas da SEC. Esses profissionais foram responsáveis por multiplicar os temas abordados na formação nas escolas. A iniciativa contou com o apoio do Ministério Público do Trabalho e parceria da Coetrae-BA (Comissão Estadual para a Erradicação do Trabalho Escravo na Bahia).
“O projeto ENP! fortalece e afirma o comprometimento do estado da Bahia com a prevenção e o combate ao trabalho escravo. A ação possibilitou a construção de uma prática institucional que fortalece (…) socialmente o sujeito explorado, numa perspectiva de lhe fomentar uma consciência crítica, que o eleve à condição de cidadão ou cidadã”. Admar Fontes, presidente da Coetrae-BA