Profissionais da Assistência Social de São Paulo (SP)
O projeto Escravo, nem pensar!: Direito do migrante e prevenção ao trabalho escravo e infantil, dedicou-se à capacitação de profissionais de Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), Centros de Referência Especializada de Assistência Social (CREAS) e Supervisões de Assistência Social (SAS) de regiões do município de São Paulo com a maior presença de migrantes internacionais. A iniciativa foi realizada em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) e com o apoio do Instituto C&A.
Entre agosto de 2017 e setembro de 2018, o Escravo, nem pensar! conduziu sete encontros formativos presenciais para servidores. Com a ação foram formados 66 profissionais da área, de 14 Cras, oito Creas e um SAS, além de dois Creas Pop (unidade destinada ao atendimento de população em situação de rua). Nas atividades foram abordados o direito à migração e o trabalho escravo contemporâneo, bem como assuntos correlatos ao crime, como tráfico de pessoas, trabalho infantil e gênero. Ao longo do processo formativo, os servidores multiplicaram os conteúdos abordados para os demais agentes das unidades participantes. Com as referências obtidas na formação, os profissionais da Assistência Social se tornaram preparados para identificar situações de trabalho escravo e encaminhar denúncias para as autoridades competentes, além de poder atender as vítimas dessa violação de maneira qualificada. Ademais, a formação fortaleceu o atendimento dos servidores ao migrante internacional, especialmente aqueles que situação de vulnerabilidade socioeconômica.
Com essa ação, o Escravo, nem pensar! inaugura um novo escopo formativo e amplia o seu público-alvo que, desde 2004, tem sido os educadores da rede pública municipal e estadual em dez estados brasileiros. O novo projeto contempla a meta 30 do Plano Municipal para a Erradicação do Trabalho Escravo de São Paulo, que estabelece capacitação de “agentes públicos municipais de assistência social, saúde, segurança urbana, trabalho e educação sobre o enfrentamento ao trabalho escravo, tráfico de pessoas e violações correlatas”.