Educadores da Bahia
Em 2017, a Repórter Brasil e a Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC-BA) preveniram 32.004 pessoas do trabalho escravo, por meio do desenvolvimento de experiências educacionais em 92 escolas de 22 municípios baianos vulneráveis ao aliciamento e à exploração de trabalhadores. A ação teve como foco o oeste do estado, região que apresenta maior número de casos de trabalho escravo.
Para atingir o resultado alcançado, o Escravo, nem pensar! formou gestores e técnicos pedagógicos de três Núcleos Territoriais de Educação (NTEs), unidades descentralizadas da SEC. Esses profissionais foram responsáveis por multiplicar os temas abordados na formação nas escolas.
Acesse aqui o caderno de resultados do projeto.
A iniciativa contou com o apoio do Ministério Público do Trabalho e parceria da Coetrae-BA (Comissão Estadual para a Erradicação do Trabalho Escravo na Bahia).
O combate ao trabalho escravo e ao trabalho infantil exige uma ação que envolva toda a sociedade, portanto, a discussão sobre este tema bastante sensível deve envolver educadores e estudantes, para que esta realidade deixe de existir em nosso país. Por isso, o projeto ENP! tem uma importância muito grande, fortalecendo o combate a estas questões dentro de sala de aula, reverberando assim nas comunidades, em cada município, nas famílias e fazendo com que este tema chegue em cada canto do nosso estado.
Walter Pinheiro, secretário da Educação do Estado da Bahia
Debater o tema nas escolas contribuiu, sobretudo, para difundir a informação da existência do trabalho escravo contemporâneo, visto que a maioria da população ainda não tinha este conhecimento. O projeto ENP! contribuiu para pautar nas escolas reflexões sobre a realidade do oeste da Bahia, porque fez um link entre a escravidão moderna e a presença do agronegócio na região, a concentração da terra e [discutiu] como a força do capital gera este tipo de consequência.
Albetânia de Souza Santos, agente da Comissão Pastoral da Terra em Santa Maria da Vitória
O projeto ENP! fortalece e afirma o comprometimento do estado da Bahia com a prevenção e o combate ao trabalho escravo. A ação possibilitou a construção de uma prática institucional que fortalece (...) socialmente o sujeito explorado, numa perspectiva de lhe fomentar uma consciência crítica, que o eleve à condição de cidadão ou cidadã.
Admar Fontes, presidente da Coetrae-BA
Sem o ENP!, jamais saberíamos dessa nossa triste realidade e, mesmo que soubéssemos, não poderíamos fazer nada a respeito. Sendo assim, o Programa ENP! foi de suma importância para um trabalho de reconhecimento e conscientização dos estudantes na prevenção do trabalho escravo e na sua formação cidadã.
Equipe do NTE Barreiras
As escolas fizeram um trabalho unificado, onde todos se apoiaram mutuamente. Cada um deu sua colaboração e participação. Professores, gestores e coordenadores se uniram para expandir o projeto, porque sentiram a sua importância nas nossas comunidades.
Equipe do NTE Santa Maria da Vitória