Comemorações do Dia da Independência tiveram como tema o combate ao trabalho escravo. Alunos e professores mobilizaram comunidades e realizaram ações de prevenção ao problema em diversas regiões do estado
Na semana do dia 7 de setembro, escolas da rede pública estadual do Pará realizaram atividades de prevenção ao trabalho escravo em pelo menos 15 municípios de 8 regiões do estado vulneráveis à ocorrência dessa prática criminosa. Foram produzidos cartazes, desenhos, poemas, cordéis, vídeos, paródias e dramatizações. Os alunos também protagonizaram desfiles e passeatas, alertando as comunidades para o risco de outras violações como aliciamento, trabalho infantil e tráfico de pessoas.
No município de Bom Jesus do Tocantins, alunos da Escola Estadual Maria Sylvia protagonizaram corrida esportiva com o tema do trabalho escravo.
Durante passeata no município de Igarapé-Mirim, alunos da Escola Estadual Enedina Sampaio Melo destacam a relação entre migração para a ocupação da Amazônia e trabalho escravo.
Essa mobilização faz parte do projeto de formação continuada realizado pelo Escravo, nem pensar! para gestores e técnicos da Educação da rede estadual de ensino do Pará, que conta a parceria da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e o apoio do Ministério Público do Trabalho da 8ª região (MPT-PA). Desde novembro de 2016, profissionais da Educação das regiões de Abaetetuba, Castanhal, Conceição do Araguaia, Mãe do Rio, Marabá, Santa Izabel, Tucuruí e região metropolitana de Belém foram responsáveis por multiplicar o tema do trabalho escravo e assuntos correlatos para 607 educadores de 332 escolas, alcançando 54 municípios.
Na Escola Estadual Deocleciano Alves Moreira, em Conceição do Araguaia, os alunos produziram uma encenação sobre os temas do trabalho escravo e direitos trabalhistas.
Em Tucuruí, alunos de escolas estaduais participantes do projeto Escravo, nem pensar! abordam o tema do trabalho escravo durante desfile cívico.
A ampliação da rede de prevenção ao trabalho escravo no Pará é estratégica para o combate a esse crime. O estado é o campeão nacional em casos de resgates de trabalhadores encontrados nessa situação de exploração. Desde 1995, quando o Estado brasileiro assumiu ocorrência do trabalho escravo em território nacional, até 2016, mais de 13 mil trabalhadores foram libertados no estado, o que representa 25% do total de libertados no país.
Alunos da Escola Estadual Elaine Ismaelino, de Ananindeua, durante paródia em sala de aula.
Alunos da Escola Estadual Cornelio de Barros, em Belém, apresentam trabalho sobre trabalho escravo na região amazônica.
Em Belém, a Escola Estadual Poranga Jucá abordou o tema do trabalho infantil durante passeata.
Alunos da Escola Estadual Euclides da Cunha, de Ananindeua, apresentam o ciclo do trabalho escravo para a turma em sala de aula.
Comunidade é mobilizada durante passeata de alunos da Escola Estadual Gualberto Pimentel, no município de Dom Eliseu.
Alunos durante dramatização na Escola Estadual Frei Gil de Vila Nova, em Conceição do Araguaia.
Alunos da Escola Estadual Acácio Felício Sobral, em Belém, desenham o ciclo do trabalho escravo em cartaz.
Em Cumaru do Norte, professores se reúnem para foto com Ana Souza Pinto, da Comissão Pastoral da Terra de Xinguara, durante atividade na Câmara Municipal.
A Escola Estadual Padre Marcos, em Belém, abordou as atividades econômicas onde há casos de trabalho escravo durante passeata. Na foto, alunos destacam o setor da construção civil.
Alunos da Escola Estadual Nariz Zahluth, em Ananindeua, estudam materiais didáticos do Escravo, nem pensar!.
Alunos da Escola Estadual XV de outubro, em Ananindeua, durante passeata pelas ruas do município.
A Escola Celso Rodrigues, em Santo Antonio do Tauá, abordou o tema do trabalho escravo e direitos trabalhistas em passeata pelas ruas da cidade.
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