Escolas e organizações sociais de Juína ingressarão na luta contra o trabalho escravo
Entre os dias 4 e 8 de abril, educadores, educadoras e lideranças da cidade de Mato Grosso irão participar da formação do“Escravo, nem pensar!”, passando a integrar rede de prevenção ao trabalho escravo contemporâneo
Em abril, educadores e lideranças populares de Juína, em Mato Grosso, participarão da formação sobre trabalho escravo rural e outros temas relacionados a esta violação dos direitos humanos. Os encontros ocorrerão na Casa de Cultura, entre os dias 4 e 8 de abril. O objetivo da formação é incentivar os 50 participantes a articularem escolas e organizações sociais em atividades que possam difundir o conhecimento sobre o tema e mobilizar a sociedade na luta contra o trabalho escravo.
A ação tem o apoio financeiro do Ministério Público do Trabalho em Alta Floresta, também em Mato Grosso, e da Secretaria Municipal de Educação de Juína. Para aprofundar os temas, durante a formação, haverá participação de convidados da sociedade civil e da Justiça do Trabalho ou auditores fiscais para “rodas de conversa”. O objetivo é que educadores e educadoras tenham contato com pessoas de atuação significativa no combate ao trabalho escravo.
O programa “Escravo, nem pensar!”, realizado pela ONG Repórter Brasil em parceria com a Comissão Pastoral da Terra, tem como objetivo diminuir, por meio da educação e da criação de redes de prevenção, o número de trabalhadores das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste aliciados para o trabalho escravo na fronteira agrícola, e conscientizar a população de locais onde há incidência desse crime.
Depois da formação, a Repórter Brasil fará mais três visitas a Juína para acompanhar as ações desenvolvidas pelos participantes, discutir novos temas e apoiar a realização de projetos interdisciplinares e atividades sobre o trabalho escravo nas escolas e nas comunidades.