Profissionais da Segurança Pública – Mato Grosso 2024
Em 2024, a ONG Repórter Brasil implementa o projeto Escravo, nem pensar! para profissionais da Segurança Pública do Mato Grosso, em conjunto com a Secretaria Segurança Publica do Estado de Mato Grosso (SESP-MT). A ação conta com o apoio do Fundo Mato Grosso. O objetivo é diminuir o número de trabalhadores aliciados para o trabalho escravo e submetidos a condições análogas a de escravidão nas zonas rural e urbana do território brasileiro, por meio da educação.
O projeto tem como público-alvo delegados, escrivãs e investigadores das 15 Regiões Integradas de Segurança Pública (RISP) da Polícia Judiciária Civil do Estado do Mato Grosso. Participarão ainda representantes do Grupo de Operações Especiais (GOE) da PJC-MT, além de servidores alocados na SESP-MT. Os participantes serão capacitados para atuar em operações de fiscalização junto aos órgãos federais, mas também para identificar eventuais vítimas e encaminhar os casos de acordo com o Fluxo Nacional de Atendimento às Vítimas de Trabalho Escravo.
O Mato Grosso é um estado estratégico no combate ao trabalho escravo no Brasil. Ele figura a terceira posição dentre os estados com o maior número de pessoas encontradas em condições análogas à escravidão do Brasil: ao todo, foram 6.233 libertações entre 1995 e 2023, em 233 casos. Esse número corresponde a 10% dos 63.426 trabalhadores escravizados no país. Confresa, no nordeste do estado, lidera o ranking: foram escravizadas 1.393 pessoas no município, o que representa 22% do total do estado. Dos 142 municípios do estado, 84 (59%) já tiveram registro de trabalho escravo. Os que lideram o ranking de casos são Juara (4%), Nova Ubiratã (4%), Tapurah (4%), Vila Rica (4%) e Nova Bandeirantes (4%).