#126 Repórter Brasil previne trabalho escravo no Pará
Representantes de cinco regionais de ensino participaram de formação sobre trabalho escravo do projeto Escravo, nem pensar!, em Santarém. A meta é envolver 114 escolas de 28 municípios.
Entre os dias 6 e 8 de outubro, a Repórter Brasil realizou o primeiro módulo da formação para profissionais da educação das regiões do Baixo Amazonas e do Sudoeste Paraense. A atividade reuniu 24 educadores, representando cinco Diretorias Regionais de Ensino (DREs) da Secretaria de Estado da Educação (Seduc-PA): Santarém, Óbidos, Monte Alegre, Itaituba e Altamira. A formação, dividida em três módulos, tem o objetivo de fortalecer a rede de prevenção ao trabalho escravo no estado por meio da realização de projetos pedagógicos sobre o tema nas escolas estaduais.
Durante os três dias de formação, os educadores foram introduzidos a conceitos relacionados ao trabalho escravo e a temas correlatos. Os participantes conheceram o Ciclo do Trabalho Escravo e seus elementos, como a migração forçada e o aliciamento. Publicações da Repórter Brasil, como o caderno Migração: o Brasil em movimento e o fascículo Trabalho Escravo e Extrativismo Vegetal, que contam com o apoio do Ministério Público do Trabalho, serviram de base para as atividades. “A formação ofereceu referências práticas e teóricas relevantes, alinhadas às demandas educacionais locais”, avaliou Janaína Spern, professora formadora da DRE Altamira.

Participantes leem o fascículo Trabalho escravo e extrativismo vegetal
Ao todo, 28 municípios do Baixo Amazonas e do Sudoeste Paraense foram contemplados pela ação do ENP!. O estado lidera o ranking nacional de casos e de trabalhadores resgatados: são 685 ocorrências e 13.557 pessoas resgatadas no Pará, de acordo com dados do Perfil Resgatado, da Repórter Brasil.*
A iniciativa é co-realizada com a Seduc-PA, em parceria com a Comissão Pastoral da Terra e o Movimento Xingu Vivo e com apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT).
*Com base em dados do Ministério do Trabalho e Emprego.