Escravo, nem pensar! terá segunda etapa no Maranhão em 2018

ONG Repórter Brasil e Secretaria de Educação renovam compromisso para ampliar prevenção ao trabalho escravo em mais 383 escolas de 79 municípios maranhenses

Da esquerda para direita: secretário de Educação Felipe Camarão (terceiro), secretário de Direitos Humanos e Participação Popular Francisco Gonçalves (quarto), governador Flávio Dino (centro) e Natália Suzuki, coordenadora do ENP! (oitava) – Foto: Nael Reis/Ascom

A segunda etapa do projeto Escravo, nem pensar!, da ONG Repórter Brasil, será implementada no Maranhão ao longo de 2018. A primeira edição, que aconteceu entre 2015 e 2016, preveniu mais de 130 mil pessoas do trabalho escravo, em 62 municípios vulneráveis do estado. A renovação do projeto foi feita em São Luís (MA) no encerramento do Seminário Mais IDH, dedicado à avaliação de políticas do estado em municípios vulneráveis. O termo de compromisso foi assinado pela Repórter Brasil e a Secretaria de Educação, com a presença do governador do estado, Flávio Dino.

O novo projeto incluirá 383 escolas de 79 municípios, gerenciadas pelas Unidades Regionais de Educação de Bacabal, Barra do Corda, Caxias, Zé Doca, Presidente Dutra, São Luís, Timon e Viana. A ação conta com o apoio da Organização Internacional do Trabalho.

“É um compromisso que o governo do Maranhão assumiu de priorizar políticas sociais. Nós assumimos um documento com várias estratégias, inclusive o Plano Mais IDH, e assinamos também a segunda edição da campanha de combate ao trabalho escravo, para que em nossas escolas, em todo nosso território, possamos esclarecer as pessoas sobre os seus direitos e dar condições integrais de trabalho”, afirmou o governador.

Governador Flávio Dino atesta a importância do projeto de prevenção ao trabalho escravo no Maranhão – Foto: Nael Reis/Ascom

Para Natália Suzuki, coordenadora do programa Escravo, nem pensar!, “é fundamental que o tema do trabalho escravo, assim como o seu combate, seja inserido numa agenda mais ampla de defesa de direitos humanos, uma vez que essa prática indigna e inaceitável está arraigada em estruturas socioeconômicas consolidadas há décadas. Para romper isso, é preciso tratar questões de fundo como a situação de vulnerabilidade ainda presente em muitas comunidades maranhenses”.

Sociedade civil e servidores públicos avaliam medidas para elevação do IDH e prevenção ao trabalho escravo nos municípios maranhenses – Foto: Nael Reis/Ascom

Com informações da Agência de Comunicação do governo do estado do Maranhão. Saiba mais aqui.