Escolas de Eldorado dos Carajás (PA) reúnem alunos e comunidade em ações de combate ao trabalho escravo

As atividades encerraram os projetos financiados pelo Escravo, nem pensar! no município

As Escolas Municipais de Ensino Fundamental Francilândia e Joércio Fontineles Barbalho, localizadas no município de Eldorado dos Carajás no Pará, realizaram atividades de prevenção e de combate ao trabalho escravo e ao tráfico de pessoas entre os dias 13 e 15 de novembro. As ações fazem parte do encerramento das iniciativas apoiadas em 2013 pelo Fundo de Apoio a Projetos do Escravo, nem pensar!.

Durante o desenvolvimento do projeto Trabalho, cidadania e cultura, os alunos da escola Francilândia realizaram pesquisas bibliográficas, assistiram a vídeos e participaram de rodas de conversa e debates. Além disso, o tema foi abordado em sala de aula pelos professores em todas as turmas do sexto ao nono ano do ensino fundamental. A partir das informações, os alunos produziram desenhos, cartazes, textos dissertativos, peça de teatro, paródias, danças e poemas. Entre os dias 13 e 15 de novembro, a comunidade escolar promoveu uma caminhada pelas ruas do município distribuindo panfletos informativos, uma palestra para a comunidade sobre direitos trabalhistas e trabalho escravo, e reuniu a população numa grande festa na qual os alunos apresentaram suas criações artísticas.

Alunos interditaram algumas vias para chamar a atenção da comunidade para as condições de trabalho e direitos trabalhistas no município

As escolas e os alunos procuraram informar e mobilizar todo o município na luta por melhores condições de trabalho e por direitos trabalhistas na região

Já o projeto O trabalho degradante nas cerâmicas e os prejuízos ao meio ambiente em Eldorado dos Carajás – PA,  desenvolvido pela Escola Joércio Fontineles Barbalho, levantou o debate sobre as condições de trabalho nas fábricas de cerâmicas do município e o impacto ambiental da produção. Além de discutirem o tema em sala de aula com os professores, os alunos também realizaram visitas a fábricas e conversaram com os trabalhadores sobre direitos trabalhistas. Eles produziram paródias, cartazes, redações, desenhos e seminários, assistiram a vídeos e participaram de palestras. Todo o material produzido foi apresentado ao público durante a culminância do projeto, no dia 14 de novembro. No mesmo dia, houve uma caminhada pelas ruas do município com faixas, cartazes e panfletos informativos para a população, e apresentações artísticas e culturais dos alunos.