Trabalho escravo e extrativismo vegetal

O fascículo “Trabalho escravo e extrativismo vegetal”, do programa Escravo, nem pensar!, apresenta como acontece a exploração de trabalhadores do setor, de norte à sul do Brasil. No material, são abordados casos de trabalho escravo na produção de açaí, carnaúba, castanha-do-pará, erva-mate, madeira em tora, palmito e piaçaba.

Na maioria dos casos, a atividade extrativista é a única possibilidade de renda para as famílias e trabalhadores, que vivem em assentamentos que dispõem de pouca ou nenhuma infraestrutura. Os patrões se aproveitam dessa condição de vulnerabilidade das comunidades assentadas para definir arbitrariamente o preço pago pelo que é extraído, além de cobrarem pela alimentação e equipamentos dos trabalhadores, criando uma dívida ilegal que é descontada do pagamento final. Nas frentes de trabalho, os extrativistas vivem em alojamento precário e, não raro, sofrem ameaças físicas e psicológicas.

Desde 1995, mais de três mil pessoas foram resgatadas do trabalho escravo no extrativismo vegetal, o que representa cerca de 6% das mais de 50 mil libertadas em todas as atividades econômicas nesse período.

A produção do material contou com o apoio do Ministério Público do Trabalho.

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