Trabalho, cidadania e cultura

Despertar para a realidade

Antes de iniciarem as atividades em sala de aula, os professores da Escola Municipal Francilândia participaram de uma formação sobre trabalho escravo contemporâneo, direitos trabalhistas e trabalho digno, conduzida pelos professores responsáveis pelo projeto. A partir daí, todos os docentes puderam abordar diversos temas – exploração do trabalho, trabalho infantil, violência urbana e rural, exploração sexual e trabalho escravo – em sala de aula com os seus alunos do sexto ao nono ano.

Para chamar a atenção para a realidade local, os professores auxiliaram os alunos a realizar uma pesquisa de campo no conselho tutelar do município, cujo objetivo foi o levantamento de informações sobre a exploração sexual de crianças e adolescentes. Também foi realizada uma pesquisa sobre trabalho infantil e exploração do trabalho com alguns moradores da comunidade. Os dados das duas investigações foram sistematizados em sala de aula e expostos na escola. Os alunos também puderam retratar artisticamente o que viram e aprenderam com essas atividades por meio de desenhos, cartazes, textos dissertativos, paródias, peças teatrais e danças.

O uso do espaço público para o combate do trabalho escravo

Com o objetivo de envolver a comunidade, foi realizada a Caminhada da Cidadania pelas ruas da cidade. Para ocasião, os professores elaboraram panfletos informativos sobre trabalho escravo, que foram distribuídos pelos alunos para a população. Para chamar a atenção do público, um carro de som tocava músicas sobre o tema, os professores vestiam camisetas do projeto e os alunos carregavam faixas e cartazes sobre as violações trabalhadas em sala de aula.

No espaço da igreja, foi realizada uma palestra sobre legislação trabalhista e trabalho escravo por um advogado do município para alunos e comunidade. A culminância do projeto ocorreu no pátio da escola, onde os alunos expuseram seus trabalhos e realizaram apresentações artísticas para a população.