Sociedade libertadora: escravo, nem meu pensamento!

Compreendendo a escravidão

O projeto foi inaugurado com uma palestra sobre trabalho escravo contemporâneo, realizada na Câmara Municipal por um advogado do município e o Conselho Tutelar para a qual foram convidados alunos, pais e comunidade.

Em sala de aula, o trabalho escravo contemporâneo ganhou tratamento interdisciplinar. Os professores de Sociologia e Filosofia promoveram debates sobre o conceito dessa violação de direitos humanos com os alunos. Já os professores de História montaram uma linha do tempo da escravidão no Brasil, e os de Geografia mapearam as regiões onde a prática é mais frequente. Em Matemática, foram elaboradas pesquisas, tabulação de dados e construção de gráficos.

Na Feira Cultural promovida pela escola, alunos e professores montaram um stand sobre a temática, no qual apresentaram suas produções para a população, como cartazes, panfletos, histórias em quadrinhos e textos dissertativos. Também foi exibido um vídeo de um recital com paródias e poemas interpretados pelos alunos.

Aprendizado para além dos muros da escola

Fora da escola, os alunos puderam observar alguns elementos discutidos em sala de aula. Foi feita uma visita a uma comunidade quilombola com o intuito de aproximá-los a outras culturas, formas de organização social e resistência de comunidades tradicionais. Outra atividade teve como objetivo conhecer as condições de trabalho e de vida de trabalhadores da indústria de cimento e das empresas de energia, um grupo de alunos visitou os alojamentos dos trabalhadores temporários e os entrevistaram.  Os trabalhadores deram informações sobre os seus locais de origem, idade, escolaridade etc. No entanto, alguns foram resistentes em responder as questões relacionadas às condições de trabalho e aos salários. Com os dados em mãos, os alunos construíram gráficos e tabelas que foram expostos na Feira Cultural.