Não há cidadania sem liberdade

O principal objetivo do projeto era alertar os estudantes da escola sobre a incidência do trabalho escravo, combatendo, assim, a saída da comunidade de trabalhadores vulneráveis ao aliciamento. Para isso, a escola realizou cinco encontros temáticos nos quais debateu o problema com estudantes e comunidade, ao mesmo tempo em que, em sala de aula, professores e professoras desenvolveram atividades sobre legislação trabalhista, cidadania, direitos e deveres.

Os encontros foram realizados com metodologias diferentes, incentivando os participantes a colaborarem com suas opiniões e depoimentos. Aconteceram palestras apresentadas pelo corpo docente, pela Comissão Pastoral da Terra e pela ONG Repórter Brasil, exibições de filmes que expunham relatos de trabalhadores libertados do trabalho escravo e encenações teatrais.

Foram abordados diversos temas relacionados ao trabalho escravo: as ações de combate no Tocantins; as diferenças entre a escravidão no meio urbano e no meio rural; as formas de aliciamento e as falsas promessas empregadas pelos aliciadores; os problemas ambientais provocados pelo agronegócio e a questão agrária no Brasil. Com a discussão sobre a terra, alunos e alunas puderam refletir sobre como suas histórias de vida estão ligadas ao campo, apesar de viverem na cidade.

A escola também realizou uma passeata pelas ruas do bairro para chamar a atenção dos moradores sobre a incidência do trabalho escravo na região e foram distribuídos panfletos informativos com telefones para denúncias.