Juventude, trabalho e liberdade

Mobilização da juventude para resistência da comunidade

A primeira oficina buscou discutir a importância do engajamento da juventude no meio rural e apresentar as políticas públicas voltadas para o jovem camponês, com o objetivo de garantir alternativas e melhorias de vida no campo. Essa atividade contou com a participação do Centro de Referência em Assistência Social e da Pastoral da Juventude Rural. Em grupos, os participantes discutiram e levantaram as demandas dos jovens no Assentamento como implantação de Escolas Família Agrícola (EFAs), oferecimento de cursos profissionalizantes e culturais, construção de um posto de saúde, policiamento, estruturas de lazer e esporte, transporte e incentivos à agricultura familiar.

A oficina sobre trabalho escravo e tráfico de pessoas, destinada a todos os moradores do assentamento, contou com a colaboração da Comissão Pastoral da Terra de Araguaína e de uma procuradora do Ministério Público do Trabalho que abordaram os conceitos de trabalho escravo e de tráfico de pessoas, bem como as causas e consequências desses fenômenos e formas de prevenção e combate.

A atividade de encerramento do projeto contou com a participação do prefeito do município, da Secretaria Municipal de Assistência Social e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Nova Olinda. Os moradores apresentaram as demandas levantadas na primeira oficina e pressionaram o poder público por melhorias na qualidade de vida do assentamento. Em seguida, discutiram-se os princípios da Economia Solidária e formas de sua aplicação na comunidade.

Preservando a sabedoria tradicional

As oficinas também buscaram capacitar os participantes para a prática laboral e preservar o conhecimento tradicional. Na oficina sobre remédios naturais, o facilitador realizou uma atividade na qual os moradores, divididos em grupos, apresentaram em cartolinas as plantas do cerrado e de que modo as utilizavam para tratar determinado tipo de doença. Assim, eles puderam aprender a partir do conhecimento do colega e resgatar os conhecimentos tradicionais para a cura de doenças. No final, foi ensinado como produzir um xarope e um vermífugo.