Educadores de São Paulo (SP)
O programa Escravo, nem pensar!, da ONG Repórter Brasil, e a Secretaria Municipal de Educação (SME), realizaram, em 2016, o projeto “Migração como direito humano: rompendo o vínculo com o trabalho escravo” para a disseminação dos temas do direito à migração e da prevenção ao trabalho escravo nas escolas de São Paulo e nas comunidades que a circundam. O objetivo foi formar educadores da rede municipal sobre conteúdos relacionados a esses temas, para que estivessem preparados para desenvolver iniciativas pedagógicas sobre eles.
A formação dos profissionais da educação foi realizada pela equipe do programa Escravo, nem pensar! em encontros presenciais, os quais aconteceram ao longo de 2016. Nessas ocasiões, estiveram presentes também representantes de entidades do poder público (Ministério Público do Trabalho, Defensoria Pública do Trabalho, Superintendência Regional do Trabalho etc.) e da sociedade civil, os quais compartilharam seu conhecimento técnico e as suas perspectivas institucionais a respeito do combate ao trabalho escravo no município de São Paulo.
Acesse aqui o caderno de resultados do projeto.
A ação teve como resultado o envolvimento de 593 professores, 5.108 alunos e 983 pessoas da comunidade extraescolar, totalizando 6.793 pessoas.
O projeto contou com o apoio do Ministério Público do Trabalho da 2ª Região.
Apenas a repressão não é suficiente para superar esse tipo de problema. Ele precisa ser enfrentado em várias áreas, em vários momentos. Então, esse trabalho de prevenção, de conscientização das crianças, dos professores, da sociedade no geral, é essencial para que ele seja superado.
Christiane Nogueira, procuradora do Trabalho do Ministério Público do Trabalho
Posso dizer que a partir do ENP!, fomos munidos de informações e materiais. E assim a gente ficou mais seguro a ponto de falar com os professores e começar um trabalho. Foi bem importante.
Bonifácio Feitosa, professor de Artes da EMEF Paulo Nogueira
É importante a promoção de ações de educação em direitos para que as pessoas – educadores e alunos - trabalhem com esses temas[migração e trabalho escravo] de forma mais qualificada, sem reproduzir discursos de ódio, conhecendo os direitos das pessoas que integram esses grupos sociais específicos, como os migrantes e trabalhadoras/es em situação de trabalho forçado.
Fabiana Severo, defensora pública da União de São Paulo