Comunidade rural: a voz e a vez de protagonizar

O projeto foi desenvolvido a partir da parceria do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) com diretores, coordenadores e professores de escolas da zona rural, acompanhadas semanalmente. Além das atividades em sala de aula, os alunos fizeram mutirões nas ruas para distribuir panfletos informativos sobre o trabalho escravo e fizeram parte de uma gincana de combate à exploração do trabalho infanto-juvenil. Nas comunidades e nas aldeias indígenas, foram realizadas palestras sobre os direitos da mulher, combate à violência e exploração sexual infantil. Como encerramento do projeto, alunos da educação infantil ao nono ano apresentaram peças, desenhos, paródias e minidocumentários nas comunidades de Roda D’Água e Bom Jardim.

O projeto dá continuidade às ações do projeto Sociedade libertadora: escravo, nem meu pensamento!, apoiado pelo Escravo, nem pensar! em 2013.

Trabalho escravo em foco

As ações nas escolas e nas comunidades promoveram a integração entre a prefeitura e a zona rural e fizeram com que os temas trabalhados ganhassem visibilidade no município. Por meio das atividades, foram descobertos casos de exploração sexual de meninas e de trabalho infantil e as denúncias foram encaminhadas para os órgãos responsáveis. O combate ao trabalho escravo também foi incluído no plano de atividades do CREAS para 2015.

 Depoimento

É com imensa satisfação que encerro o meu segundo projeto pela ONG Repórter Brasil. Venho tentando, durante meus 12 anos de professora, mudar a história de nosso país, do nosso estado e de nosso município. O projeto foi gratificante, prazeroso e muito promissor nas comunidades nas quais desenvolvemos os trabalhos. Sei que os professores irão dar continuidade a esse primeiro passo que demos junto.

Juliana Rondon, orientadora social e responsável pelo projeto