A liberdade não tem cor

A ideia do projeto foi promover a discussão sobre o trabalho escravo na escola, além de refletir sobre a influência afro em nossa cultura por meio da música. As atividades musicais ensinaram os alunos a trabalharem de forma conjunta, com respeito e solidariedade, contribuindo para a criatividade e coletividade.

Na escola Alexandre Quirino, o projeto foi desenvolvido com alunos e alunas de 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental e na escola Gilvan de Souza participaram estudantes da Educação de Jovens e Adultos. Muitas atividades foram realizadas: discussões sobre o conceito de trabalho, exibição de filmes com depoimentos de trabalhadores libertados, dinâmicas sobre a formação de redes de prevenção ao trabalho escravo e leituras de poemas.

Os estudantes elaboraram um glossário com as palavras mais comuns referentes à escravidão contemporânea, como “gato”, latifúndio, grilagem, assentamento, etc., e criaram poemas, paródias, músicas, desenhos e cartazes relacionados ao projeto. A iniciativa de alunos e alunas foi muito importante: propuseram temas a serem trabalhados em sala de aula, e saíram às ruas para conhecer melhor a realidade do município. Os resultados surpreenderam e indignaram os estudantes, pois perceberam que não conheciam as verdadeiras condições de vida e de moradia dos habitantes. A experiência contribuiu para enriquecer os debates durantes as atividades.