Parauapebas (PA) publica resultados da campanha contra o trabalho escravo

Revista reúne as produções textuais e desenhos sobre o tema do trabalho escravo contemporâneo elaborados pelos alunos da rede de ensino do município paraense

Educação contra o trabalho escravo. Foi com esse lema que a Secretaria Municipal de Educação de Parauapebas, no sudeste do Pará, promoveu, em outubro de 2014, uma campanha educativa nas escolas a respeito dessa prática criminosa. Professores e alunos discutiram o tema em sala de aula, traçaram relações com a realidade local e alertam as comunidades sobre o perigo do aliciamento de trabalhadores.

Os resultados desse projeto municipal estão agora reunidos na revista Trabalho Escravo Contemporâneo – Parauapebas contra essa prática. As escolas produziram materiais didáticos como paródias, histórias em quadrinhos, artigos de opinião e desenhos sobre o assunto. Em 2015, a Secretaria pretende expandir o alcance do projeto e envolver escolas que não participaram do projeto no ano anterior.

“O projeto contribuiu para despertar o senso critico e formação cidadã de crianças, adolescentes e jovens acerca do trabalho escravo contemporâneo, uma prática ilegal e imoral existente no município. Todos de engajaram nas atividades, o que fez com que o projeto ganhasse grande dimensão. Resolvemos registrar as atividades realizadas pelos professores e alunos como reconhecimento pelo trabalho feito e também para estimular novas abordagens sobre o tema.”

Janes Vargem, coordenadora municipal da área de História e responsável pelo projeto.

Formação de gestores

As atividades escolares em Parauapebas são consequência da formação continuada de gestores da Educação realizada pelo Escravo, nem pensar!  em agosto de 2014, em Marabá (PA). Além de Parauapebas, a formação envolve os municípios de Abel Figueiredo, Canaã dos Carajás, Curionópolis, Eldorado dos Carajás, Itupiranga, Jacundá, Marabá, Nova Ipixuna, Palestina do Pará, Piçarra, São João do Araguaia e Tucumã.

Em dezembro, aconteceu o primeiro encontro de acompanhamento pedagógico, no qual foram exibidos os resultados parciais das campanhas educativas nos municípios. O segundo e último encontro está previsto para maio deste ano. A formação conta com apoio do Grupo de Articulação Interinstitucional para o Enfrentamento ao Trabalho Escravo no Pará (Gaete), Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e TAM Linhas Aéreas, além da parceria com a Comissão Pastoral da Terra.