Migração e trabalho escravo em São Paulo (SP): Ações da Educação e da Assistência Social na pandemia

Programa Escravo, nem pensar! realiza webinário para discutir iniciativas de atendimento à população imigrante na capital paulista em 2020

A pandemia da covid-19 impactou severamente a situação socioeconômica da população imigrante em São Paulo (SP). Como resposta a esse problema, em 2020 a Repórter Brasil atuou em parceria com as secretarias municipais de Educação (SME) e de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads) a fim de assegurar o acesso a direitos dessas comunidades e prevenir que fossem submetidas a violações de direitos, como o trabalho escravo.

Para apresentar um panorama dessas ações, o programa Escravo, nem pensar! (ENP!) organizou no dia 17/12 o webinário Migração e trabalho escravo em São Paulo (SP): Ações da Educação e da Assistência Social na pandemia, que contou com a participação de Douglas Carneiro, secretário-adjunto da Smads e Jussara Santos, coordenadora do Núcleo de Educação Étnico-Racial (NEER) da SME.

No evento, os convidados expuseram os principais avanços e desafios no atendimento à população imigrante diante do contexto de distanciamento social e destacaram os desdobramentos das iniciativas articuladas em parceria com a Repórter Brasil, como a distribuição dos cartões informativos da campanha ENP! Contra o corona para as redes municipais socioassistencial e de ensino. Também foram apontadas as ações a serem implementadas em 2021, como a formação “Escravo, nem pensar!” de assistentes sociais e educadores sobre os temas da migração e do trabalho escravo.

Em relação à Educação, Jussara destacou ainda a participação do ENP! em processos formativos virtuais para educadores sobre o tema da migração e do trabalho escravo e a colaboração do programa na elaboração do Currículo dos Povos Migrantes, desenvolvido pelo NEER. O documento estabelece diretrizes para o desenvolvimento de abordagens pedagógicas na Rede Municipal de Ensino sobre o tema da migração, pautadas nos valores da multiculturalidade e dos direitos humanos.